o que é cyberbullying

Saiba o que é cyberbullying e como falar desse assunto com seu filho

 O bullying, que consiste em intimidações e agressões físicas ou verbais praticadas com uma pessoa, tem sido muito debatido nos últimos anos. Mas o que se tem notado atualmente é a manifestação de outra modalidade dele. É por isso que perguntamos: você sabe o que é cyberbullying?

É muito importante que os pais de crianças e adolescentes entendam do que se trata essa prática, bem como aquilo que a caracteriza. Isso porque, da mesma forma que o bullying tradicional, essas agressões que acontecem no meio virtual também trazem impactos negativos para o desenvolvimento e a vida social.

Por esse tema ser tão delicado, preparamos este artigo com o intuito de explicar o que é o cyberbullying e como os pais podem lidar com esse assunto junto dos seus filhos. Continue lendo para compreender a importância de todos nós combatermos essa prática tão destrutiva.

O que é cyberbullying?

O cyberbullying é um tipo de violência que acontece no meio virtual, ou seja, na Internet. Consiste em perseguir, assediar, agredir, atacar, intimidar e cometer outras práticas que afetem moralmente uma pessoa.

Essa violência pode acontecer em razão de diversos fatores. As diferenças de classe social, divergências de opinião, características físicas ou simplesmente a antipatia são alguns motivos que levam crianças e jovens comuns a se tornarem agressores tiranos.

As vítimas dessas pessoas costumam ser os indivíduos mais tímidos e que não sabem como se defender. Porém, qualquer pessoa pode ser atacada moralmente dessa forma, já que uma simples divergência é motivo para que ela seja difamada e ridicularizada na Internet.

O fácil acesso ao mundo virtual, bem como a blogs, sites e redes sociais, facilita ainda mais a disseminação desse ódio irracional. Perfis falsos, grupos e comunidades são formados com o intuito de atacar uma pessoa específica ou uma minoria.

Também a facilidade com que os conteúdos se disseminam e circulam entre diversas pessoas favorece o cyberbullying. Isso porque uma fotografia ou comentário maldoso pode se tornar um conteúdo viral, que se espalha rapidamente para muita gente.

Trata-se de uma prática repleta de maldade e inconsequência, que se mostra bastante comum entre os jovens. Porém, ela não pode ser vista como normal, já que é uma manifestação explícita de intolerância, preconceito e discriminação, que fere os Direitos Humanos das pessoas atacadas.

Quais são seus impactos sobre crianças e adolescentes?

Depois de entender o que é cyberbullying, podemos perceber que se trata de uma prática mais cruel e maldosa do que o bullying tradicional. Isso porque, no segundo caso, as agressões e a ridicularização aconteciam somente em um momento específico, como na escola.

Quando isso acontece no meio virtual, a pessoa é o tempo todo atacada e não tem nenhum momento de descanso de toda essa perseguição moral. Ela não consegue encontrar um espaço onde a sua imagem não esteja sendo divulgada como ridícula.

É por isso que o cyberbullying traz impactos negativos muito expressivos para crianças e adolescentes. Essa é uma situação muito delicada, porque o momento que esses indivíduos estão vivenciando é de muito conflito, dúvidas e incertezas.

Naturalmente, crianças e adolescentes sofrem tendência a ter uma baixa autoestima, porque as mudanças e transformações pelas quais passam podem ser difíceis de lidar. Quando suas características são apontadas como algo vergonhoso, isso se torna ainda mais complicado e penoso.

Eles começam a não aceitar a si mesmos ou, então, sentem-se diminuídos, já que são apontados como inferiores. Toda essa exposição inibe o convívio social e cria bloqueios que interferem de forma negativa no desenvolvimento.

Duvidam do seu próprio potencial, da sua inteligência, não conseguem encontrar o seu espaço na sociedade e passam a desejar não ser quem são. Tudo isso gera grande estresse, ansiedade e também depressão.

Em alguns casos, o assédio é tão grande e o impacto psicológico tão extenso que podem levar a casos de suicídio, na tentativa de se livrar de toda essa perseguição. Por isso, é fundamental entender o que é cyberbullying, saber identificar essa prática e conversar abertamente sobre isso com os filhos.

Como identificar essa prática?

É uma prática comum entre jovens e adolescentes fazerem brincadeiras ou comentários com um toque de maldade. Colocar apelidos e debochar dos colegas são práticas frequentes, mas que precisam ser inibidas para não acabarem se tornando agressões mais severas e constantes.

Crianças e adolescentes podem estar dos dois lados da moeda, tanto sofrendo cyberbullying como praticando. Por isso, os pais precisam estar atentos aos sinais em ambas as situações para que possam dar o devido apoio aos seus filhos.

É importante entender que as crianças que sofrem o cyberbullying precisam de um suporte moral, onde suas qualidades são ressaltadas para que elas entendam o seu valor e elevem sua autoestima.

Já no caso daquelas que praticam essas agressões, os pais precisam entender que a inconsequência, muitas vezes, está mais presente do que a maldade em si. A corrigenda é necessária, bem como o diálogo e mostrar para elas que essa prática é errada e pode ser penalizada como um crime.

Para que você consiga proteger os seus filhos e evitar que eles acabem se tornando a pessoa agressora, esteja atento aos sinais do cyberbullying.

Sinais de quem sofre o cyberbullying

As crianças e os jovens que estão sendo perseguidos na Internet podem demonstrar um comportamento de urgência para verificar seus e-mails e redes sociais, ou agir de modo contrário, evitando ao máximo acessar o meio virtual.

Elas também podem demonstrar uma mudança de comportamento, tornando-se antissociais, preferindo o isolamento, mostrando-se mais tristonhas e depressivas. Também há perda de interesse por atividades e temas que antes eram agradáveis.

Sinais de quem pratica o cyberbullying

Crianças e adolescentes que praticam o cyberbullying costumam demonstrar isso nos comentários que fazem pessoalmente ou por meio da Internet. Por isso, os pais precisam estar atentos ao modo como essas crianças se referem aos seus colegas e a outras pessoas, bem como se aproximar delas no mundo virtual.

Observe o que o seu filho fala, as brincadeiras que costuma fazer e aquilo que escreve em seus perfis ou nas postagens dos seus amigos. É fundamental não ignorar nem classificar como normal palavras, termos e comentários com fundo maldoso, preconceituoso ou discriminatório, que possam soar como ofensivos para alguém.

Como abordar esse tema com os jovens?

Assim como os pais, crianças e adolescentes também precisam entender o que é cyberbullying para que não venham a praticar essas agressões de forma inconsciente. Muitas vezes, em função da imaturidade e da inconsequência dessa idade, eles podem ofender ou magoar os colegas sem entender a extensão daquilo que estão fazendo.

Por isso, é fundamental manter sempre um diálogo muito aberto com seus filhos, explicando para eles aquilo que é adequado ou não. Também é muito importante conversar a respeito de moral, ética, direitos, deveres, fraternidade, solidariedade e tolerância.

Em contrapartida, é essencial que os pais estejam sempre próximos dos seus filhos, trabalhando a sua autoestima, potencial e capacidade. Dessa forma, eles não se sentirão intimidados diante de uma agressão e ficarão à vontade para expor o problema e buscar ajuda.

Não podemos esquecer que o cyberbullying pode impedir que uma criança ou jovem desenvolva o seu potencial por causa da insegurança que essas agressões provocam. Suas habilidades podem ficar reprimidas, seu aprendizado será dificultado e isso acarretará em grandes danos para a vida adulta.

Afinal, além de inibir a criança ou adolescente, essa perseguição moral causa sérios transtornos psicológicos que, como dito, levam alguns jovens ao suicídio. Por isso, é um assunto muito sério e uma prática perigosa.

Então, explique para o seu filho o que é cyberbullying, esteja atento aos sinais que ele desencadeia e sempre mantenha um diálogo aberto. É dessa forma que você modelará o caráter de um bom cidadão, ao mesmo tempo em que protege o seu filho contra possíveis agressores.

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